quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma garota de lindas pernas. / Una chica con las piernas hermosas



A primeira vez que a vi foi num bar na rua Alvarado. Lisa era o nome. Na época eu tinha 24 anos e ela aparentava uns 35. Ela estava lá sentada no centro do bar e os dois bancos ao seu redor estavam vazios. Achei um tanto estranho não haver nenhum cara lhe penteando, tentando conseguir uma boa trepada.

Comparada com a maioria das mulheres que frequentavam  aquele antro, ela realmente bonita. Seu rosto era meio arredondado e seu cabelo aparentemente nada tinha de excepcional, mas havia uma espécie de quietude e paz no modo como se sentava. Algo confortante que só as pessoas em paz conseguem passar. Sentia também um pouco de tristeza e timidez no seu jeito de olhar.

Levantei de meu banco para ir ao banheiro e tanto na ida como na volta passei ao seu lado; dei uma boa olhada nela. Era pequena, miúda, um pouco atarracada, mas com ancas perfeitas, bem formadas. No entanto a parte mais exuberante de seu corpo eram as pernas: tornozelos roliços, barrigas de pernas perfeitas, joelhos que imploravam para serem tocados, quase gritando, e coxas maravilhosamente torneadas.

Era como se aquela parte de seu corpo não tivesse sentido o peso do tempo, enquanto o resto dele se definhara.

Seu queixo era redondo como uma rosca e seu rosto bastante fofo. Parecia estar bêbada.
Ela usava sapatos de salto alto, pretos e brilhantes; em seu braço esquerdo havia três pulseiras de ouro falsificado e vagabundo e um pouco acima do pulso uma escura pele de toupeira, ou outra porra qualquer morta. Fumava um cigarro comprido e seu olhar estava fixo no copo de bebida. Parecia estar tomando whisly junto com uma garrafa de cerveja pra suavizar o baque.

Voltei par ao meu banco, acabei com meu whisly e pedi outro ao barman. Quando ele trouxe a bebida eu perguntei-lhe sobre as lindas pernas.

— Oh! — Exclamou ele — é a Lisa.
— Ela é bem bonita, —  comentei —  por que nenhum dos homens se senta ao seu lado? 
— Isso é simples, — ele respondeu. — Ela é louca.

Depois disso retirou-se. Peguei o meu copo e fui até Lisa. Sentei-me no banco à sua esquerda, acendi um cigarro e tomei um gole da minha bebida. Eu já estava parcialmente bêbado. Peguei meu whisly e virei-o de uma só vez. Chamei o barman de novo:

— Repita a dose pra nós dois, e traga também duas cervejas.
Ao ouvir isso, Lisa acabou com sua bebida.
Quando as novas chegaram, cada um de nós tomou um gole d seu. Em seguida ficamos ambos olhando para o infinito.

Acho que alguns segundos se passaram até que ela disse:
— Não gosto das pessoas, e você?
— Também não.
Ela secou sua bebida e tomou um gole de cerveja. Fiz o mesmo.
— Sou louca — disse ela.
— Você é louco? Perguntou.
Sim.
Chamei o barman
— Eu pagarei a próxima — ela disse.

Encomendou as bebidas como se aquele ato fosse a coisa mais cotidiana em sua vida, como se fosse tudo que ela havia feito nos últimos dez anos ou quinze anos. Quando elas chegaram eu disse:
— Obrigado Lisa.
— É um prazer... Qual o seu nome?
— Hank.
— É um prazer, Hank.
— Tomou um gole e olhou pra mim de um jeito estranho.
— Você é louco o bastante pra quebrar o espelho de um bar?
— Acho que já fiz isso.
— Onde foi?
— O Orchoid room.
— O Orchoid room é um lugar estúpido e bobo.
— Não o freqüento mais.

Em seguida, Lisa, num só gole, bebeu quase toda a garrafa e suspirou.
— Cara, eu vou quebrar o espelho deste bar.
— Vá em frente — eu sugeri.

Acabou com a bebida levantou-se e pegou a garrafa de cerveja vazia. Levantou-se e colocou-a atrás da cabeça.
Num impulso repentino eu saltei tentando segurar seu braço, mas foi tarde demais.

A garrafa de cerveja, em trajetória de arco, voou até o espelho enquanto minha mente disse rapidamente:
— Não, não, merda!
Houve um aguçado estrondo de coisas se partindo, e estilhaços de vidros voaram como gigantes pingentes de gelo. Por alguma razão estranha as luzes se apagaram.

Foi assustador, mágico e lindo.
Acabei com meu whisky.

No escuro vi algo branco se aproximar. Era o barman que se reduzira a camisa e avental. Estava se mexendo rapidamente.
— Sua puta louca! — ele gritou.
— Vou te matar!

Posicionei Lisa atrás de mim. Tateei no escuro e achei a minha garrafa de cerveja. Quando o barman se aproximou dei sorte de acertá-lo na têmpora esquerda. No entanto, o desgraçado não caiu, ficou ali de pé no escuro com aquela roupa branca. Parecendo um desses porteiros de hotel chic esperando um táxi.

Passei a garrafa para minha mão esquerda e acho que pude sentir fraturar sua têmpora direita. Caiu em direção ao balcão, mas se segurou com ambas as mãos em um dos cantos.
Ficou assim por alguns instantes para em seguida tombar em direção À rua Alvarado.
Quando alcançou o chão as luzes se acenderam. Um sincronismo estranho, realmente.
Por um segundo parecia que todos no bar estavam congelados: os bebuns, eu, Lisa e o barman.

Em seguida eu berrei:
— “Vambora!”.
Agarrei Lisa pelo braço e a arrastei em direção à saída. No instante seguinte estávamos num beco. Eu a puxava.
— Venha, venha rápido!
— Não consigo correr com estes horríveis saltos.
— Então tira essa porra — eu disse.

Ela parou, arrancou-os dos pés, passou-me um, ficou com o outro, e corremos atravessando o beco. Quando chegamos ao outro lado, olhei para trás. Não estávamos sendo perseguidos.
— Tudo certo. Coloque os sapatos.
Assim fez. Enfiou o primeiro, apoiou-se no meu ombro e enfiou o segundo. Ficou em pé balançando aquele rabo divino.
— Pronto, vamos!
— Pra onde? Ela perguntou.
— Pra minha casa.
— Estávamos no final do beco, perto de uam esquina. Vi um ônibus, ergui meu braço e fiz sinal: puxei Lisa. O motorista já havia fechado a porta, mas parecia ser um cara legal, e a reabriu. Entrei empurrando Lisa e paguei as passagens. Tentei fazer com que se sentasse mas não consegui, ela ficou de pé segurando no encosto do banco.
Olhou-me bruscamente. Através de seus olhos verdes percebi uma enorme irritação. Ela disse:
— Merda! Quero um táxi. Sou uma dama. Não ando nesta bosta de transporte.
Lisa parecia uma linda gazela bêbada e sua maravilhosa bunda balançava com o sacolejar do ônibus.
— Eu quero um táxi. Sou uma senhora. Que fudição é essa?
— Bem, são só quatro quadras.
— Merda! — ela berrava — merda!

O próximo ponto era o nosso. Dei o sinal de parada. Na verdade apenas puxei aquela porra de fio. O ônibus parou. Peguei a mão de Lisa, passei meu braço pela sua cintura e ajudei-a a descer. Através da porta aidna abert ao motorista me olhou e disse:
—  Boa sorte cara. Vai precisar dela.
— Vá se foder, você está com inveja! — respondi.

Ele riu, fechou a porta e sumiu com o ônibus na escuridão da noite. Eu gostei dele, parecia ser um cara comum, apenas estava dirigindo aquela merda de lata velha tentando mudar a sorte. Simplesmente não dava, e algum dia iria desistir de tudo, assim como eu também.
Lisa aparentava estar cada vez mais bêbada, e eu também não estava nada bem. Eu lhe ajudava a andar com um dos meus braços em volta de sua cintura, e o outro segurando seu braço direito ao redor de meu pescoço. Suas lindas pernas estavam desistindo e se entregando.
— Você não tem uma porra de carro?
— Não.
— Você é um cuzão.
— Sim.
Aos poucos chegávamos perto de meu apartamento.
— Tem alguma coisa para beber lá em cima? Se não tiver eu não vou entrar nesse lugar.
— Muitas garrafas de vinho... as melhores.
— Estou doente — disse ela, e se inclinou para a esquerda.

Eu estava tão bêbado que não consegui segurá-la. Caímos. A sorte foi que havia uma cerca do nosso lado, despencamos em cima dela. Caí na folhagem, rolei para trás e acabei deitado de costas na calçada. Levantei e olhei para baixo. Lá estava Lisa, deitada ao luar; metade de seu corpo na cerca e a outra metade na calçada. Sua saia estava levantada expondo as pernas mais lindas do planeta. As pernas brilhavam pra mim. Fiquei pasmo como que se não acreditando no que via. Quase gozei. No entanto, logo voltei À realidade.
— Lisa! — eu disse —Lisa, por favor levanta,  acorda!
— Annh?
— A polícia vem vindo.

Consegui levantá-la e chegar à porta da frente do prédio. Fomos diretamente para o elevador já estava lá. Entramos. Enquanto a segurava, apertei o botão do meu andar. O troço fez um barulho e começou a subir.
— Sinto falta de meu filho. Quero meu bebê.
— É lógico que quer, — retruquei.

Tirei-a de lá e quando abri a porta do apartamento ambos caímos de novo.
Lisa se levantou, deu uma sacudida, arrumou sua saia, apanhou a bolsa e atravessou a sala para sentar numa cadeira.

Começou a fuçar ali dentro, digo, da bolsa, à procura de seus cigarros. De lá de fora, o neon mais vermelho de Los Angeles penetrava pela janela.
Abri uma garrafa de vinho para ela e a servi; ao som discreto e sedutor do esfregar de nylon, ela cruzou as pernas.

Na poltrona à sua frente, eu tinha outra garrafa. Já havia enchido meu copo. Esvaziei-o e tornei a enchê-lo.

Lisa olhou pra mim. Seus olhos foram ficando cada vez maiores. Parecia estar ficando doida, maluca. Então disse:
—  Você pensa que é grande merda? Você pensa que é o Sr. Van Bilderass?
Eu já estava de roupa íntima, cueca manchada e rasgada como sempre. Levantei. Dei um pulo e bati nas minhas coxas.
— Ei, você pensa que tem boas pernas? Olhe para estas.
Voltei para a poltrona e bebi mais meio copo. Ela simplesmente continuou olhando para mim daquela maneira. Seus olhos iam ficando maiores e maiores. Imensos.
— Você pensa que é o Sr. Van Bilderass?
— Claro!
Ela se inclinou para pegar a garrafa de vinho, que já havia tampado e, enquanto me olhava com seus imensos olhos selvagens, elevou a garrafa até a cabeça. Aquela louca se preparava para atirar a porra da garrafa em mim. Berrei:
— Espere aí!
Ela ficou imóvel com o braço erguido. Tentei pensar rápido. Eu disse:
— Se você quiser atirar essa filha-da-puta, você pode, mas se você fizer isso é bom que me desmaie, caso contrário eu vou devolvê-la arrancando sua cabeça.
Colocou a garrafa no chão com aquele olhar louco. Suspirei aliviado. Fui até lá, destampei a garrafa, e enchi meu copo; depois fiz o mesmo com o seu. Voltei para a minha poltrona e me sentei. Sentia-me estranhamente bem.
— Agora quero que levante sua saia um pouco mais, sua puta.
Fiquei surpreso quando ela o fez. A saia estava agora duas polegadas acima de seu joelho.
—  Agora me dá mais uma polegada. Nada mais do que isso.
Ela o fez.
Levantei-me e fiquei à sua frente. Cada curva e reentrância de seu corpo era estupendo. Eu morria de tesão. Seus sapatos reluziam.
— Torça seu tornozelo. Erga a perna um pouco, meu bem.
Lisa obedeceu.
— Agora pare aí!  — ela parou.
— Agora quero mais uma polegada, vamos!
Lisa levantou a sai mais um pouco.
— AAH!, assim, assim está bem!
Virei um bicho sedento, ajoelhei-me e acariciei suas pernas, enfiei a mão por entre as coxas e desci até os joelho. Ela me olhou maliciosamente:
  Você é um estúpido fudido. Um maluco.
Peguei seu pé e beijei seu sapato de salto alto. Em seguida fui subindo até o tornozelo.
— Você não é um assassino, é? — ela perguntou.
— Uma de minhas amigas foi amarrada por um cara aos pés de sua cama e o viado a esfaqueou. O cara ia retalhar ela todinha, mas ela gritou tão alto que os “ratos” ouviram e a salvaram. Você não é...
— Cala a boca!
Levantei e coloquei o pau para fora. Cuspi na palma da mão e comecei a massageá-lo.
— Você é uma puta fudida! —
 Eu disse.
Continuei a me esfregar com naturalidade. Não tinha nada a perder.
— Outra polegada, mostre-me outra polegada!
Continuei esfregando.
— Mais, mostre-me mais, mais!
Era o segredo e o truque e a penetração. A amplitude dos sentidos.
— Ahhh, meu Deus, consegui!
A substância branca e pastosa jorrou; era o alívio de anos de frustração e solidão. À medida que eu expelia aquela gosma branca sobre suas pernas de nylon, parecia sentir em cada gota a angústia dos excluídos, dos esquecidos e do triste ser que eu era.
Ela berrou e deu um pulo.
— Seu porco! Seu porco fudido, idiota!
Lisa correu até o banheiro. Peguei a ponta de minha camisa e me limpei com ela. Voltei para a poltrona, enchi um copo e acendi um cigarro. As coisa pareciam ter algum sentido agora.

Lisa voltou do banheiro, sentou-se e se serviu de um copo. Acendeu um cigarro, e deu um trago profundo nele. Soltou a fumaça devagar. Sua voz sobressaiu-se por detrás da nuvem branca.
—  Seu pobre miserável fudido!
— Eu te amo, sua puta! — Eu disse.
Ela virou o rosto para  a parede.
Mal eu sabia que era o começo dos dois anos mais miseráveis e fortalecedores de minha vida.
— Esta é a única bebida que tem aí para oferecer? Este vinho fudido e barato?
— Não é tão ruim assim, Lisa. O que eu faço quando bebo é pensar em algo bem agradável como cachoeiras, ou uma conta bancária de quinhentos dólares. Ou as vezes eu imagino que estou num castelo com um fosso em volta. Ou ainda, finjo ser o dono de uma casa de bebidas finas.
— Você é louco, cara! — Ela disse.
E estava absolutamente certa.



de Charles Bukowski Traduzido por: Mário Campos



La primera vez que la vi fue en un bar de la calle Alvarado. Lisa fue el nombre. En ese momento yo tenía 24 años y ella miró a su alrededor 35. Ella estaba sentada allí en el centro de la barra y los dos bancos a su alrededor estaban vacías. Me pareció extraño que no se peina su cara, tratando de conseguir un buen peluche.

En comparación con la mayoría de las mujeres que asistieron a una sala, que realmente hermosa. Su rostro estaba ligeramente redondeadas y al parecer su cabello era cualquier cosa menos excepcional, pero había una especie de calma y paz en el camino estaba sentado. Algo reconfortante que la gente sólo puede ir en paz. Él también se sentía un poco de tristeza y vergüenza a la forma de ver.

Me levanté de mi asiento para ir al baño y tanto la ida como en vuelta pasé por su lado, tuvo una buena mirada en él. Era pequeña, pequeña, un poco robusto, pero con las caderas perfectas, bien formadas. Sin embargo, la exuberante mayor parte de su cuerpo fueron las piernas, los tobillos gordos, vientres piernas perfectas, las rodillas llorando a ser tocado, casi a gritos, y maravillosamente bien formados muslos.

Era como si esa parte de su cuerpo no había sentido el peso del tiempo, mientras que el resto si languideció.

Su barbilla era redonda como una dona y su rostro muy lindo. Parecía borracho.
Llevaba zapatos de tacón alto, negro y brillante, en el brazo izquierdo tenía tres pulseras de oro falso y un vagabundo y un poco por encima de la muñeca de un negro de piel de topo, o cualquier otro muerto de mierda. Fumaba un cigarrillo largo y sus ojos estaban fijos en el vaso de chupito. Whisly parecía estar tomando junto con una botella de cerveza para suavizar el golpe.

Volví a mi asiento par, terminé con mi whisly otros y le preguntó el camarero. Cuando trajo la bebida le pregunté sobre las piernas hermosas.

- ¡Oh! - Gritó - es Lisa.
- Ella es muy hermosa, - me dijo - porque ninguno de los hombres sentados a tu lado?
- Es muy sencillo - respondió. - Ella es una locura.

Después que se fue. Tomé mi copa y me fui a Lisa. Me senté en el banco a su izquierda, encendió un cigarrillo y bebió un sorbo de mi bebida. Estaba parcialmente borracho. Llevé a mi whisly y lo convirtió a la vez. Llamé al camarero otra vez:

- Repita la dosis para los dos, y también traer dos cervezas.
Al oír esto, Lisa terminó con su bebida.
Cuando llegó la noticia, cada uno de nosotros tomó un sorbo de la suya. A continuación, los dos estábamos mirando el infinito.

Creo que unos segundos pasaron antes de que ella dijo:
- No me gusta la gente, ¿verdad?
- Tampoco.
Se secó su vaso y bebió un sorbo de cerveza. Yo hice lo mismo.
- Estoy loco - dijo.
- ¿Estás loco? -Preguntó.

Llamé al camarero
- Voy a pagar la próxima - dijo.

bebidas ordenadas, como si ese acto era la cosa más grande en su vida cotidiana como si fuera todo lo que había hecho en los últimos diez años o quince años. Cuando llegó me dijo:
- Gracias Lisa.
- Es un placer ... ¿Cuál es tu nombre?
- Hank.
- Es un placer, Hank.
- Tomó un sorbo y me miró extrañamente.
- ¿Estás tan loco como para romper el espejo de un bar?
- Creo que ya lo hizo.
- ¿Dónde estaba?
- El Orchoid habitación.
- La habitación es un lugar Orchoid estúpido y tonto.
- No puedo asistir a más.

Entonces Lisa, un trago, casi bebió la botella entera y suspiró.
- Hombre, yo voy a romper el espejo de este bar.
- Adelante - le sugerí.

Terminó con la bebida se levantó y cogió la botella de cerveza vacía. Se levantó y lo colocó detrás de la cabeza.
En un súbito impulso salté tratando de mantener el brazo, pero ya era demasiado tarde.

Una botella de cerveza, en un arco hacia abajo, voló hacia el espejo, mientras mi mente se apresuró a decir:
- No, no, mierda!
Hubo un sonido agudo de las cosas de última hora, y vidrios rotos voló como carámbanos gigantes. Por alguna extraña razón, las luces se apagaron.

Daba miedo, mágico y hermoso.
Terminé mi whisky.

En la oscuridad, vi algo blanco enfoque. Era el camarero, que había reducido la camisa y delantal. Se movía con rapidez.
- Su perra loca! - Gritó.
- Te voy a matar!

Lisa colocado detrás de mí. Busqué a tientas en la oscuridad y encontré a mi botella de cerveza. Cuando el camarero se acercó tuve la suerte de lo golpeó en la sien izquierda. Sin embargo, el muy cabrón no cayó, se quedó allí en la oscuridad con ese traje blanco. Mirando como uno de los porteros de los hoteles elegantes de espera para un taxi.

Pasé la botella a la mano izquierda y creo que pude sentir fracturar la sien derecha. Cayó hacia el mostrador, pero si se maneja con las dos manos en un rincón.
Fue así que por unos momentos y luego caer hacia la calle Alvarado.
Cuando llegó al piso de las luces se encendieron. Un momento raro, de verdad.
Por un instante parecía que todos en el bar se congelaron: los borrachos, yo, Lisa y el camarero.

Entonces me gritó:
- "¡Date prisa."
Lisa agarró del brazo y la arrastró hacia la salida. Un momento después estábamos en un callejón. Saqué.
- Ven, ven rápido!
- No puedo correr con estos saltos horribles.
- Entonces lárgate - me dijo.

Ella se detuvo, los sacó de los pies, me dio una, tiene otra, y corrió por el callejón. Cuando llegamos al otro lado, miré hacia atrás. No estaban siendo perseguidos.
- Muy bien. Ponga los zapatos.
Así lo hizo. Se puso la primera, se inclinó sobre mi hombro y empujó a la segunda. Se puso en pie temblando de que lo divino culo.
- Listo, ¡ya!
- ¿Dónde? -Preguntó ella.
- A mi casa.
- Estábamos en el final del callejón cerca de la uam esquina. Vi a un autobús, me levanté el brazo e hizo una señal: He tirado Lisa. El conductor había cerrado la puerta, pero parecía un buen chico, y volvió a abrir. Lisa y yo fuimos empujando boletos pagados. He intentado eso, pero yo no podía sentarse, se agarraba el asiento de atrás.
Él me miró bruscamente. A través de sus ojos vi una enorme irritación verde. Ella dijo:
- ¡Mierda! Yo quiero un taxi. Yo soy una dama. No camine este transporte mierda.
Lisa parecía un borracho gacela hermosa y la hizo girar su rebote culo maravilloso con el autobús.
- Yo quiero un taxi. Yo soy una dama. Fudição ¿Qué es esto?
- Bueno, es sólo cuatro cuadras de distancia.
- ¡Mierda! - Gritó - mierda!

El siguiente punto era la nuestra. Me dio la señal de stop. En realidad, acaba de sacar mierda de alambre que.El autobús se detuvo. Tomé la mano de Lisa, pasé mi brazo por la cintura y la ayudó a bajar. A través de la puerta abierta a IMNCI conductor me miró y dijo:
- Buena suerte amigo. Lo necesitará.
- Vete al carajo, estás celoso! - Respuesta.

Se rió, cerró la puerta y desapareció con el autobús en la oscuridad de la noche. Me gustó, parecía un tipo normal, sólo que mierda estaba conduciendo naufragio tratando de cambiar su suerte. Simplemente no podía, y algún día renunciar a todo, igual que yo.
Lisa parecía estar cada vez más borracho, y yo no estaba bien. Le ayudé a caminar con uno de mis brazos alrededor de su cintura y la otra sosteniendo su brazo derecho alrededor de mi cuello. Sus hermosas piernas estaban dando y entregando.
- Usted no tiene un coche de mierda?
- No.
- Usted es un idiota.
- Sí.
Poco a poco nos acercábamos a mi apartamento.
- Algo para beber ahí arriba? Si no no voy a ir allí.
- Muchas botellas de vino ... el mejor.
- Estoy enfermo - dijo, y se inclinó hacia la izquierda.

Yo estaba tan borracho que no podía mantenerlo. Caída. La suerte fue que había una valla de nuestro lado, cayó sobre ella. Caída de follaje, deshace y sólo se echó hacia atrás en la acera. Me levanté y miré hacia abajo. Lisa estaba allí, tirado en la luz de la luna, la mitad de su cuerpo sobre la cerca y la otra mitad en la acera. Su falda se levantó la hermosa exposición de las piernas más en el planeta. Las piernas brilló para mí.Me sorprendió, como si no creer lo que veía. He disfrutado casi. Sin embargo, pronto volvió a la realidad.
- Lisa! - Le dije a Lisa, por favor, despierta!
- Annh?
- La policía está en camino.

La levantó hacia arriba y llegar a la puerta principal del edificio. Fuimos directamente al ascensor ya estaba allí. Entramos. Mientras mantiene, apreté el botón de mi piso. La sección hizo un ruido y comenzó a subir.
- Echo de menos mi hijo. Quiero que mi bebé.
- Por supuesto, usted quiere, - me respondió.

Lo tomé de ahí y cuando abrí la puerta de los dos cayó de nuevo.
Lisa se puso de pie, dio una sacudida, se arregló la falda, agarró su bolso y se acercó para sentarse en una silla.

Empezó a meter por ahí, por ejemplo, el mercado de valores, en busca de sus cigarrillos. Desde fuera, el rojo de neón más de Los Angeles a través de la ventana.
Abrí una botella de vino y servir, el sonido de seductor de nylon matorrales y tranquila, ella cruzó las piernas.

En el asiento de adelante, tenía otra botella. Ya había llenado el vaso. Vació y se volvió a llenar.

Lisa me miró. Sus ojos eran cada vez más grande. Parecía que se estaba loco, loco. Luego dijo:
- ¿Crees que eres gran mierda? ¿Crees que eres el Sr. Van Bilderass?
Yo era la ropa interior, ropa interior manchada y desgarrada que nunca. Levantado. Me levanté y llamé a mis muslos.
- Oye, ¿cree que tiene buenas piernas? Mira a estos.
Me volvió a su silla y bebió otra taza y media. Ella sólo me miraba de esa manera. Sus ojos se hicieron más grandes y más grandes. Inmenso.
- ¿Crees que eres el Sr. Van Bilderass?
- ¡Claro!
Ella se agachó para recoger la botella de vino, que ya había cubierto y, mientras me miraba con sus ojos salvajes enorme, levantó la botella en la cabeza. Que loco está preparando para lanzar la botella de mierda en mí. Gritó:
- ¡Espera!
Se sentó con su brazo levantado. Traté de pensar rápido. Me dijo:
- Si quiere tirar la hija de puta, puede, pero si lo hace es bueno que me desmayé, de lo contrario voy a volver tirando de la cabeza.
Puso la botella con esa mirada loca. Suspiré con alivio. Fui allí, destapado el frasco, y llenó el vaso, y luego hizo lo mismo con el suyo. Volví a mi asiento y se sentó. Me sentí extrañamente bien.
- Ahora quiero levantar la falda de una más, pequeña perra.
Me sorprendió cuando lo hizo. La falda era ahora dos pulgadas por encima de la rodilla.
- Ahora dame una pulgada más. Nada más que eso.
Ella lo hizo.
Me levanté y se puso delante de él. Cada curva y la sangría de su cuerpo era grande. Me moría de ganas de lujuria. Sus zapatos brillaban.
- Torcedura de su tobillo. Levante la pierna de un bebé.
Lisa obedeció.
- Ahora aguanta! - Se detuvo.
- Ahora quiero más de una pulgada, vaya!
Lisa levantó un poco más.
- AAH, de modo que está bien!
Me volví una bestia sedienta, me arrodillé y le acarició las piernas, metí la mano entre los muslos y bajó hasta la rodilla. Ella me miró con picardía:
Eres un jodido estúpido. Loco.
Me agarró la pierna y la besó de zapatos de tacón alto. Luego subí hasta el tobillo.
- Usted no es un asesino, ¿verdad? - Pregunta.
- Uno de mis amigos fue atado por un hombre al pie de su cama y la apuñaló maricón. El tipo que lo destrozan todinha, pero ella gritó tan fuerte que las "ratas" escuchado y rescatado. Usted no es ...
- ¡Cállate!
Me levanté y poner el palo. Me escupió en la palma de su mano y comenzó a masaje.
- Usted es una puta mierda! -
Me dijo.
Seguí me frote natural. No tenía nada que perder.
- Otra pulgadas, muéstrame una pulgada más!
Seguí frotando.
- Además, muéstrame más, más!
Era el secreto y el truco y la penetración. La amplitud de los sentidos.
- Ahhh, Dios mío, sí!
El blanco y pastoso fluido, era el alivio de años de frustración y soledad. A medida que se alejó de que crema blanca en las piernas, de nylon en cada gota parecía sentir la angustia de los marginados, los olvidados y estar triste que estaba.
Ella gritó y saltó.
- Usted cerdo! Mierda sucia, idiota!
Lisa corrió hacia el cuarto de baño. Tengo la punta de mi camisa y me limpió con ella. Volví a la silla, llenó un vaso y encendió un cigarrillo. La cosa parecía tener sentido ahora.

Lisa regresó del baño, se sentó y se sirvió un vaso. Encendió un cigarrillo y bebió un trago profundo ella. Que el humo lentamente. Su voz estaba detrás de la nube blanca.
- Su miserable de mierda!
- Te quiero, puta! - Me dijo.
Volvió la cara hacia la pared.
Yo no sabía que era el comienzo de la más miserable de dos años de mi vida y poder.
- Esta es la única bebida que hay que ofrecer? Esta puta barata y vino?
- No está mal, Lisa. Lo que hago es pensar en que lo beba algo muy bonito, como cascadas, o una cuenta bancaria de quinientos dólares. O a veces me imagino que estoy en un castillo con un foso alrededor. O bien, pretender ser el dueño de una casa de bebidas finas.
- Tú, loco! - Ella dijo.
Y tenía toda la razón.

de Charles Bukowski Traducido por: Mario Campos

Nenhum comentário:

Postar um comentário