quinta-feira, 23 de abril de 2009

Nos tempos de república...

Na época da faculdade saí de Taguatinga/DF onde morava com meus pais e minha irmã e fiz meu retorno para Bauru/SP cidade onde nasci para fazer o curso de Ciências Biólogicas na UNESP.
No começo foi morar com minha vó Judith e vô Maurício, pais do meu pai, onde morávamos no bairro chamado Vila Falcão. Foi uma experiência única. Fiz uma horta para meus avôs no terreno que tínhamos ao lado. Quando começou a safra das hortaliças minha avó ficava maravilhada! Tínhamos um ótimo relacionamento. Meus primos apareciam meus tios também. Sempre fui bem tratado por todos.
Mas acontecia que o curso que fazia era noturno. Na época rolando trotes com nós calouros ou também chamados "bixos" havia muitas festas e o quiosque do Ubaiano na frente da faculdade com seu famoso pé queimado. E sem falar destas festas que iam acontecendo comecei a chegar tarde na casa dos meus avós. Minha avó "tadinha" não dormia enquanto eu não chegava. Logo havia percebido que tinha saído das asas da minha mãe para ficar embaixo das asas de minha vó. E nesta fase de descobrimento do mundo a última coisa que queria era ficar nas debaixo das asas. Queria alçar grandes voôs...
Então partir para moradas em repúblicas pela cidade. Édria que até hoje continua minha amiga me ajudou a perambular procurando um grupo de estudantes onde pudesse dividir a casa. A casa que achamos era meio escura, abafada e realtivamente pequena pois lá se encontravam: Meninão, Junião, Wagnão, Papai Glauber, Maguila, Bur, Jão Teixeira, Fabinho. Esta galera se tornaria meus grandes irmãos/amigos. Com estas pessoas tive experiências de vida sem minha família ao lado e concordo que nem tudo foram flores... Aprendi muito a conviver com as diferenças.
Logo após esta casa fomos morar todos numa casa bem maior, espaçosa e ventilada. Ficava na Hermínio Pinto 8-29 no bairro de Higienóplis. Saíram pessoas como o Maguila mas entraram também, João Marcelo que fez biologia foi um deles. Saudades desse cara, figuraça que não sei seu paradeiro. A chegada também do nosso cão um cocker preto chamado Ozzy Osbourne (figurinha também). Sem falar nos agregados André Cabelo e Fausto Nomura ambos faziam biologia. Foram muitas festas nesta casa: calouradas da biologia, bandas, chopps, churrascos e por aí vai...
Mas a foto acima significa a separação da casa. Depois de encontros e desencontros ocorreu a ruptura desse povo. A separação era necessária pois os caminhos, os destinos de cada um já estava sendo traçados. Na foto começando pela esquerda temos o Wagnão, o engenheiro elétrico, grande irmão; Papai Glauber, educação física, um cara apaixonado diria; eu, sem comentários e o André Cordinha, biólogo, o último a chegar mas nem por isto difícil de esquecê-lo. Tive uma história doida com este figura. E no seu colo o Ozzy que acabou se rebelando e fugindo da casa.
Ta aí a foto pra registrar...

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