segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Violões que choram... / Violões that cry ...

Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.

Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
que nos azuis da Fantasia bordo,
Vou constelando de visões ignotas.

Sutis palpitações à luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.

Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.

Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram
Gemidos, prantos, que no espaço morrem... 
Cruz e Sousa
Ah! plangent violões dormant, warm,
Hiccups in the moonlight, the wind cries ...
Sad profiles, the more vague contours,
Bocas murmurous lament.

Nights In addition, remote I recall,
Nights of loneliness, nights remote
we Fantasia Blue board
I'll constellating visions uncharted.

Subtle palpitations in the moonlight,
Of the most nostalgic yearning,
When there crying in the deserted street
The strings of bright guitars weeping.

When the sounds of the guitars go sobbing,
When the sounds of the guitars on the ropes groan
And they will delight and tearing,
Tearing the souls that tremble in the shadows.

Harmonies that pierces that lacerate,
Nervous and agile fingers that run
Strings and generate a world of ailments
Moans, wails, which die in space.
Cruz e Sousa

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