sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Adoniran Barbosa completaria cem anos nesta sexta-feira.

Ícone do samba paulista, Adoniran Barbosa tem sua obra sendo relembrada ao longo de 2010. Mas é nesta sexta-feira (6) que, se estivesse vivo, o cantor e compositor completaria cem anos de idade. Autor de clássicos como "Trem das Onze", "Samba do Arnesto" e "Tiro ao Álvaro"

João Rubinato como Adoniran
Adoniran Barbosa era na certidão de nascimento João Rubinato, nascido na cidade de Valinhos em 06 de agosto de 1910. Para o compositor, seu nome de batismo
não combinava com a figura de sambista, por isso adotou o primeiro nome de um amigo boêmio e no sobrenome homenageou o também sambista Luís Barbosa.

Paralelamente ao trabalho de compositor, Adoniran viveu momentos intensos como ator, interpretando histórias no rádio, no cinema e na TV, como o personagem Charutinho. O sambista ganhou espaço nas rádios paulistas depois de cantar uma versão de "Filosofia", de Noel Rosa, no programa de calouros de Jorge Amaral.

E Foi em 1951 que ele se encontrou com os Demônios da Garoa. Firmada a parceria, gravaram juntos as canções "Malvina" e "Joga a Chave", ambas de sua autoria, que foram premiadas em um concurso carnavalesco. E assim os sambas "Saudosa Maloca" e "Samba do Arnesto" consagram Adoniran como o compositor mais fiel ao retratar o cotidiano da paulicéia.

Seu maior sucesso, "Trem das Onze", ele compôs em 1964. Interpretada pelos Demônios da Garoa, a música se eternizou como um hino da cidade de São Paulo. Adoniran tinha consciência de que suas músicas não obedeciam a gramática, mas isso não era uma preocupação. "Pra escrevê uma boa letra de samba a gente tem que sê em primeiro lugá anarfabeto", dizia. Ele morreu em sua casa, na cidade de São Paulo, em 1982, aos 72 anos de idade.

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